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10 de outubro de 2009

Poema # 002



( Do livro, não publicado,

"ACTO CONTÍNUO" )





AUSÊNCIA

                  

O tempo de espera 

ante a desmedida contemplação do inesperado 

é um tempo terrível 


Esgota-se na solidez rectilínea das esquinas 

na superfície fria das fachadas

nas palavras sempre inacabadas


É um tempo sem amanhã sem remissão 

um tempo sem perdão


O tempo de espera

desde o último tempo em que te vi 

começa e acaba sempre em ti


Porto 1993 - Julho                                                                                                           



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