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27 de outubro de 2009

Poema # 004



( Do livro, não publicado,

"ACTO CONTÍNUO" )





AEROPORTO

          

Chegada 92.10.30

Porto voo TP 581 de Frankfurt


16:25 Uhr pünktlich

ICH LIEBE DICH ! 


Porto 1992 - Outubro



26 de outubro de 2009

Poema # 003


( Do livro, não publicado, 

"ACTO CONTÍNUO" )



  

PATRÍCIA


Traço breve        traço ténue de malícia

na zona demarcada da inocência


Olhar de fim de infância

Princípio de olhar de adolescência


Porto 1992 



22 de outubro de 2009

Religião # 001

JOSÉ SARAMAGO E A IGREJA. E agora, José?

1 - Em 1989, o escritor britânico de origem indiana Ahmed Salman Rushdie, publica a obra “Versículos Satânicos”, que originou enorme controvérsia no mundo islâmico devido a, alegadamente, satirizar e ofender gravemente o profeta Mahound (antigo termo pejorativo para o profeta Maomé) e, de uma forma geral, o islamismo, do qual Rushdie é crítico confesso.

A reacção no mundo árabe não se fez esperar, com manifestações violentas e a “condenação à morte” do escritor por parte do Ayatollah Khomeini, no Irão, que na prática, determinaram o exílio forçado do escritor para parte incerta. A “sentença” viria, mais tarde, a ser retirada.

Esta inaceitável perseguição a Rushdie - independentemente do valor intrínseco dos “Versículos Satânicos” como obra literária - foi de imediato (e bem) objecto de repulsa generalizada no Ocidente, gerando veemente reacção e sendo considerada como uma inaceitável ameaça à liberdade de expressão, tão cara ao chamado mundo civilizado. E o escritor - que praticamente até então ninguém conhecia - foi de imediato elevado à condição de ícone da superioridade moral do Ocidente em relação à “barbárie” do mundo árabe.

2 - Em 1998 é atribuido pela Academia Sueca ao escritor português José Saramago o Prémio Nobel da Literatura.

Conhecido pelas suas posições de esquerda (é militante do PCP) e pela crítica generalizada à religião (às religiões) e, sobretudo, às posições da Igreja Católica, é imediatamente ostracizado, quer por esta quer, genericamente, por amplos sectores da direita, que de imediato se empenham em denegri-lo e diminuir-lhe os méritos como escritor.

Em Portugal, as tensões entre Saramago e a Igreja Católica tinham-se exacerbado com a publicação do livro "O Evangelho Segundo Jesus Cristo", motivo de violentas críticas de sectores religiosos conservadores, que consideraram a obra uma ofensa à religião.

Um obscuro e imbecil sub-secretário de estado da cultura de então, de seu nome Sousa Lara - com o apoio expresso do então primeiro-ministro Cavaco Silva - veta o livro «O Evangelho Segundo Jesus Cristo» a uma candidatura a um prémio literário, numa inadmissível atitude censória de cariz proto-fascista, garantindo mais tarde, numa entrevista, que voltaria a fazê-lo!

Logo após a atribuição do Prémio Nobel a Saramago, o Vaticano repudia a atribuição da honraria a um "comunista inveterado"!

3 - Estes dois episódios, aparentemente sem qualquer relação entre si, demonstram claramente a ambivalência hipócrita do conceito de “liberdade de expressão” para determinados sectores da sociedade.

O que, para o Ocidente - ou mais concretamente para Portugal - torna Rushdie um herói (por ousar criticar uma religião detestada, a “religião deles”) torna Saramago um facínora (por ousar criticar uma religião venerada, a “nossa religião”).

4 - O crítico norte-americano Harold Bloom, no seu livro “Genius: A Mosaic of One Hundred Exemplary Creative Minds” considera José Saramago "o mais talentoso romancista vivo da actualidade, referindo-o como "o Mestre" e "um dos últimos titãs de um género literário que está a desaparecer".

Saramago escreveu até hoje cerca de 36 obras, publicadas em Espanha (Castelhano e Catalão), França, Itália, Reino Unido, Holanda, Alemanha, Grécia, Brasil, Bulgária, Polónia, Cuba, União Soviética (Russo), Checoslováquia (Checo e Eslovaco), Dinamarca, Israel, Noruega, Roménia, Suécia, Finlândia, Estados Unidos, Japão, Hungria, Suíça, Argentina, Colômbia, México. E, obviamente, em Portugal.

O seu romance "Memorial do Convento" foi adaptado a Ópera pelo compositor italiano Azio Corghi, com o título "Blimunda".

A peça de teatro "In Nomine Dei" foi adaptada a Ópera por Azio Corghi, com o título "Divara".

Obras como “Ensaio sobre a Cegueira” são um prodígio de criatividade e inovação na literatura de qualquer país civilizado.

Elevou-se ao mais alto patamar da literatura mundial, pelo seu próprio pulso.

5 - José Saramago é um homem polémico e controverso. Mas tem direito a sê-lo (muito mais do que as centenas de idiotas medíocres que por aí proliferam com direito a todo o espaço de opinião possível) porque esteve sempre na primeira linha da defesa dos valores fundamentais. É um homem de causas, mas um criador brilhante e um homem livre, a quem se devem tolerar eventuais excessos de linguagem e mesmo posições erradas, precisamente por ser um homem de excepção.

6 - À Igreja Católica sobra muito pouco espaço para dar lições de ética e elevação cívica a quem quer que seja.

É hoje uma instituição relativamente contida porque a evolução da sociedade assim lho impôs, mas continua inequivocamente ao lado dos poderosos.

Assobiou para o lado na invasão do Iraque. Fechou os olhos a Guantánamo.

Ignorou Timor (com excepção do bispo Ximenes Belo no terreno).

Aceitou tacitamente e colaborou com regimes tenebrosos como o nazismo na Alemanha, o fascismo em Itália, Espanha e Portugal ou as ditaduras sangrentas da revolta militar de 64 (Brasil), de Somoza (Nicarágua), de Baptista (Cuba), de Vicente Gomez e Perez Gimenez (Venezuela), de Trujillo (República Dominicana), de Videla (Argentina), de Pinochet (Chile), etc. etc. etc.

A Santa Inquisição, criada pela Igreja Católica e posteriormente associada ao poder régio, condenou à morte na fogueira milhares de pessoas por mero delito de opinião.

Durante as Cruzadas, em nome da difusão da fé cristã, chacinaram-se povos e arrasaram-se civilizações.

A Idade Média, sob a poderosa influência clerical, foi um dos mais sinistros períodos da História.

Ao longo dos anos foram utilizados métodos de tortura, ultraje, escravidão e selvajaria que constituiram alguns das páginas mais negras da humanidade.

A cegueira religiosa impediu sistematicamente a discussão livre e manteve sempre, sobre o pensamento de quem se afastasse dos seus dogmas, regimes de censura férreos, autos de fé e perseguições.

Figuras determinantes do pensamento universal como Giordano Bruno, Kepler, Galileu, Leonardo da Vinci, foram perseguidos e excomungados.

Há hoje por todo o mundo centenas de casos conhecidos de pedofilia e violações por parte de representantes da igreja, e tantos outros abafados ou sonegados à opinião pública a troco de compensações monetárias.

O Vaticano, um estado minúsculo, sem qualquer actividade industrial ou recursos naturais, acumula um espólio incomensurável e é um dos países mais ricos do Mundo.

E é esta mesma Igreja, que sempre se arrogou o direito divino de ser inquestionável e inquestionada, que durante séculos trucidou impiedosamente todos os sinais de pensamento contrários ao seu, que se arvora agora cinicamente em vítima ofendida por alguém ousar vir a publico confrontá-la com as suas próprias contradições!

7 - A Bíblia é o livro sagrado da religião católica que seguramente mais de 90% dos católicos nunca leu na íntegra. Dos restantes 10% (a maior parte dos quais a hierarquia católica com o seu cortejo de bispos, arcebispos, sacerdotes, etc.) contam-se pelos dedos os que a leram com o mínimo de rigor ou de espírito analítico ou sem fanatismos exacerbados.

É um livro que domina a partir do exterior o pensamento e a vida de milhões de católicos.

E, segundo testemunhos de valor incontestado, como, por exemplo, o de Bertrand Russell (autor de “Porque não sou cristão”), a Bíblia é uma obra recheada de imprecisões, episódios de vingança injustificada, violência e sectarismo. Que, sobretudo, nos revelam um Deus muito longe de ser omnipotente, omnisciente e de infinita bondade mas um Deus vingativo, rancoroso e imperfeito.

O Homem, na idade da razão, tem o direito (e o dever) de questionar, equacionar, interrogar.

A sociedade da informação coloca ao seu alcance uma infinidade de meios para formatar esse conhecimento e tomar decisões baseadas na inteligência, no espírito crítico e no sentido cívico.

Ninguém tem o direito de nos obrigar a aceitar, por mero imperativo de "fé" (conceito que ninguém consegue concretamente definir...), aquilo que nos levanta interrogações. Como ninguém tem, obviamente, o direito de impor o contrário.

Só um País doente pode fazer das opiniões de um dos seus maiores vultos um auto de fé e não um referencial de reflexão e de debate.

Saramago - que esteve há pouco no limiar da morte – aprendeu a respeitá-la e adquiriu ritmos próprios para se exprimir e para lutar pelos seus ideais e contra os seus fantasmas. Como ser inteligente que é, percebeu que a beleza suprema do limite do tempo caminha lado a lado com a sua escassez. Percebeu, enfim que não tem espaço suficiente para dizer e/ou escrever tudo o que (ainda) o oprime e inquieta. E, como tal, despe-se de subtilezas.

Tem – como cidadão e como homem do pensamento – o pleno direito de se exprimir como se exprimiu e como se quiser exprimir.

Como qualquer de nós, afinal!

Porto, 22-10-2009



21 de outubro de 2009

Música # 008

CARL ORFF - Carmina Burana

Hoje trago-vos uma proposta diferente.

No próximo mês de Novembro, o Coliseu do Porto vai apresentar um espectáculo que se prevê memorável!

Esta cantata profana, escrita por Carl Orff em 1937, é um verdadeiro épico que desperta em quem gosta de música uma explosão de emoções sensoriais, quer porque se trata de uma obra musicalmente arrebatadora, quer porque o número de participantes em palco - cerca de 300 - promete igualmente um verdadeiro tumulto cénico.

Talvez esta versão que vos apresento não seja, do ponto de vista visual, a mais digna para esta obra. Mas dado a qualidade - de som e de imagem - das outras versões encontradas não lhe conferirem o mínimo de qualidade exigível, prefiro optar por esta apresentação - muito comercial mas visualmente agradável, sem prejuízo de, se outra mais conveniente for encontrada, a todo o tempo esta ser substituída.



20 de outubro de 2009

Música # 007

A FINE FRENZY(Alison Sudol) - You picked me

Alison Sudol, intérprete, compositora e pianista de música alternativa, de nacionalidade norte-americana, nasceu em 23 de Dezembro de 1984 em Seattle mas passou grande parte da vida em Los Angeles, para onde foi com a mãe quando tinha apenas 5 anos. Apesar do seu interesse pela música, só no final da adolescência, inspirada por Bandas como os "Coldplay" e os "Keane", começou a tocar piano. Compôs algumas peças e enviou uma pequena amostra, recebendo resposta imediata de Jason Flom da "Capital Records" que foi propositadamente a sua casa para a ouvir.
O seu primeiro álbum One Cell in the Sea foi editado em Julho de 2007 e atingiu o número 91 no Billboard 200.

Alison formou-se na High School com a idade de 16 anos e é apaixonada por literatura (C. S. Lewis, E.B. White, Lewis Carroll, Anthony Trollope e Charles Dickens).

O seu nome artístico "A Fine Frenzy", foi tirado dum verso da obra "Sonho de uma Noite de Verão", de William Shakespeare.

Compõe, toca, canta e...
...encanta desta maneira!



Só vos trago pequenas pérolas...


one two three,
counting out the signs we see
the tall buildings
fading in the distance
only dots on a map
four five six
the two of us a perfect fit
youre all mine all mine

and all I can say
is you blow me away

like an apple on a tree
hiding out behind the leaves
I was difficult to reach
but you picked me
like a shell upon a beach
just another pretty piece
I was difficult to see
but you picked me,
yeah you picked me

so softly,
rain against the windows
and the strong coffee
warming up my fingers
in this fishermans house
you got me,
searched the sand
and climbed the tree
and brought me back down



13 de outubro de 2009

POLÍTICA INTERNACIONAL # 001

PACHECO PEREIRA E O NOBEL DA PAZ

Há pessoas que, por mera decência, há muito deveriam ter abdicado de escrever "em público"! Não se trata de apurar aqui se escrevem “mal” (no sentido estrutural do termo) nem se escrevem “chato” (no sentido empático da palavra) mas sim por razões de elementar recato intelectual. Pacheco Pereira é uma delas. Em jornalismo não basta escrever sem erros ortográficos para se escrever bem...

E, por tais motivos, só muito raramente (como tanta gente, aliás…) tenho paciência para o ler. 

Mas, de vez em quando, dá-me para passar os olhos pelos seus escritos ou ouvir transversalmente uma das suas intervenções, na expectativa de dali surgir algo de interessante, ao menos uma vez. Mais valia estar quieto. Não só essa insanável sensação de fastio se mantém como a ela se junta, quase invariavelmente, a duma irreprimível revolta!

Além de sumamente irritante e pretensioso, Pacheco Pereira não motiva, não emociona, não inova, não tem carisma nem graça.  

Este ex-militante do PCP-ML e ex-aspirante a militante do PCP, que depois de uma pirueta de 180º está agora definitivamente colado à direita mais cega e retrógrada, defendeu (e continua ainda a defender) crimes de guerra abomináveis como as invasões do Iraque e do Líbano, para além de muitas outras posições inconcebíveis no plano do direito e da justiça internacionais. 

Justifica, com uma obsessão doentia, pontos de vista lamentáveis e quase unanimemente denunciados, como os expressos no recente e lamentável discurso de Cavaco Silva, com uma “argumentação” que raia o absurdo, ao mesmo tempo que alinha lado a lado com os argumentos disparatados e duma total secura de ideias, da sua ex-adversária de partido e agora “amicíssima” Manuela Ferreira Leite, a troco de um lugar nas autarquias (um prato de lentilhas, afinal).

Este “opinador” profissional, a exemplo de outros personagens caricatos e sem pudor jornalístico - como o seu amigo José Manuel Fernandes – há anos que se vem servindo de forma quase patológica de tribunas privilegiadas - jornais de grande tiragem, estações de rádio e canais de televisão - para destilar o veneno das suas ideias e auferir, à custa disso, de bons proventos.

Não contente com isso e com tantas outras opiniões inacreditáveis espalhadas aos quatro ventos - de que é bom exemplo o seu “célebre” blogue - resolveu, uma vez mais, dar “um ar diferente”, como tanto gosta de fazer alarde.

E, vai daí, num artigo inenarrável que tem tanto de despropositado como de perigoso, deu-lhe para criticar o recente prémio Nobel da Paz atribuído a Baraka Obama, com o argumento de que o actual Presidente dos EUA pouco ou nada tinha feito para o merecer. E, no seu habitual estilo a oscilar entre o ódio camuflado e a demagogia primária, D. Pacheco ergueu-se em bicos de pés e, do alto da sua cátedra - neste caso da sua coluna no "Público" - falou à populaça, num tom entre o enfastiado e o agastado com todos os que têm a ousadia de duvidar da sua sapiência.

Na sua prosa apocalíptica, como que ao som das Valquírias, não faltaram incentivos implícitos do tipo "bradar às armas" para manter em sentido todos os infiéis, "arreganhando o dente" ao Irão e à Coreia, aos palestianos e ao Hamas, a que se seguiriam, quiçá, cubanos, líbios, chineses e russos, com nova passagem obrigatória e definitiva por solo iraquiano e afegão, "se todos não se portassem direitinho". Enfim, Pacheco Pereira, o neo-cruzado, delirante, no melhor do seu pior!  

Como é possível um "historiador" difundir estas ideias e sair impávido e sereno para a pacatez do seu almoço ou para uma tertúlia de amigos à mesa do café?!    

Mas… será que Pacheco Pereira, como qualquer cidadão no pleno uso das suas faculdades, não tem o direito de estar ou não de acordo com a escolha de Obama para prémio Nobel? Obviamente que sim. A própria escolha não será em si inteiramente “pacífica” (passe a expressão). O problema é que a justificação objectiva para Pacheco Pereira estar em desacordo com tal escolha é, em primeiro lugar porque Obama não se enquadra nas suas tendências políticas, em segundo lugar porque, acha Pacheco, Obama é um pacifista e os pacifistas são uma espécie perigosa e ameaçadora para a sociedade. Dito por outras palavras, para Pacheco Pereira é (pasme-se) um desaforo a escolha de um pacifista para Nobel da Paz!

A eleição de Obama parece-me uma espécie de compromisso entre o que já foi feito em prol da Paz e o capital de esperança gerado para o muito que ainda está nas suas mãos poder vir a fazer.   

Baraka Obama foi, como toda a gente sabe, um sinal de esperança para todos, gerando em torno da sua figura um movimento quase ecuménico que alastrou como uma onda por todo o mundo. Mundo esse angustiado, aterrorizado, perplexo, pelos desmandos e a estupidez do seu criminoso antecessor.

Deu, nestes poucos meses, passos mais importantes a caminho da Paz que toda a geração Bush – pai e filho – em todos os seus mandatos.

Tem pela frente, é certo, uma tarefa gigantesca, um árduo caminho a percorrer, aliás já muito minado – desde o início - por toda a espécie de lobbies, ardis, pressões e ameaças.

E já cometeu, é certo, vários erros, a meu ver, e muitos mais irá cometer, sem dúvida.

Mas não os erros que este nosso escriba de serviço – ainda por cima “historiador” – lhe atribui: concretamente o de não exibir o “braço musculado da democracia americana”.

O caminho certo de Obama só pode ser o da Paz e o da coexistência pacífica de várias culturas e de povos diferentes. Numa posição de firmeza mas de reciprocidade e de tacto político. É a única via possível. E é nesse caminho que temos de o incentivar e apoiar. Porque o nosso presente e o nosso futuro não se compadecem com desvarios de belicistas de gabinete (que são os mais perigosos).  

Pacheco Pereira nunca digeriu bem a derrota de Bush, o total descrédito das suas teorias megalómanas e o fim de um dos mais sinistros períodos da história dos EUA.

Pacheco Pereira esteve vergonhosamente conivente com Bush e as suas ideias, sempre na derradeira esperança de uma – uma só! – prova que sustentasse a habitual “profundidade” da sua “argumentação”. Quanto mais não fosse para justificar que tinha andado à frente do seu tempo. Prova essa que, a surgir, lhe daria a oportunidade de ver até com muito bons olhos, pelo menos, a candidatura de Bush ao Nobel da Paz!  Mas essa (s) “prova (s)” não apareceram. As “razões” de um hediondo crime de guerra (a invasão do Iraque) esfumaram-se. E Pacheco Pereira, como em todas as batalhas que perde, é um ressabiado!   

Portugal é pobre – cada vez mais – em elites intelectuais. Mas não é ainda uma “terra de cegos onde quem tem olho é rei”. Em primeiro lugar porque não somos tão cegos como se pensa; em segundo, porque nem Pacheco Pereira tem olho nem nunca seria rei onde quer que fosse. É que, de anos e anos de intensa labuta como “mentor espiritual” dos Portugueses, contam-se pelos dedos as ideias deste “pensador” que o País tenha compreendido, enraizado ou interiorizado. Será que ainda não percebeu que não há pachorra?   

       

Porto, 12 de Outubro de 2009  



12 de outubro de 2009

DESPORTO # 004

QUATRO MINUTOS DE ADRENALINA PURA

Não façam isto no pátio lá de casa, nem no caminho para o trabalho, nem à porta da empresa ou da namorada...


SOCIEDADE # 001

A CASA DO FUTURO (clique para aceder)

Projecto apresentado recentemente em Bruxelas. 

Muito provavelmente, iremos viver dentro destes padrões. Não deve faltar muito... 


10 de outubro de 2009

Poema # 002



( Do livro, não publicado,

"ACTO CONTÍNUO" )





AUSÊNCIA

                  

O tempo de espera 

ante a desmedida contemplação do inesperado 

é um tempo terrível 


Esgota-se na solidez rectilínea das esquinas 

na superfície fria das fachadas

nas palavras sempre inacabadas


É um tempo sem amanhã sem remissão 

um tempo sem perdão


O tempo de espera

desde o último tempo em que te vi 

começa e acaba sempre em ti


Porto 1993 - Julho                                                                                                           



Poema # 001



( Do livro, não publicado,

  "ACTO CONTÍNUO" )




"AMIGOS" 

               

Olho estas mãos

outrora deles cheias

E vejo-os com surpresa
sumirem-se-me entre os dedos
como areias

Alguns têm a viscosidade das enguias

Olho estas mãos
outrora deles quentes
agora deles frias

E penso de mim para mim:
- Afinal...é bem melhor assim! -


Porto 1992



MÚSICA # 006

"DIRE STRAITS" - Sultans of swing

Tive o privilégio de assistir ao vivo ao (inesquecível) concerto desta banda em Lisboa!

"Sultans of swing" é uma das mais notáveis composições pop para guitarra de que há memória. Infelizmente, e como se trata de uma música relativamente longa para os parâmetros habituias (cerca de 11'...), é quase invariavelmente "assassinada" quando passa no circuito comercial, sendo reduzida à primeira parte (cerca de 5'). Acontece que é precisamente a segunda metade (diálogo entre percussão, teclas, metais e guitarras - em especial, claro, a de Mark Knofler...) que remete para o trecho mais espectacular!

Deixo-vos a versão tocada ao vivo no estádio de Wembley, Londres (1985) - que deve obviamente ser vista na totalidade - por ser, das que conheço, talvez a mais empolgante. Embora a imagem não seja das melhores (na altura não se pensava sequer em HD) penso ser um momento imperdível para quem gosta de música!

You get a shiver in the dark
It's raining in the park but meantime
South of the river you stop and you hold everything
A band is blowin' Dixie double four time
You feel alright when you hear that music ring

And now you step inside but you don't see too many faces
Comin' in out of the rain you hear the jazz go down
Competition in other places
Oh but the horns they blowin' that sound
Way on down south, way on down south London town

You check out Guitar George, he knows all the chords
Mind he's strictly rhythm he doesn't wanna make it cry or sing
Yes and an old guitar is all he can afford
When he gets up under the lights to play his thing

And Harry doesn't mind if he doesn't make the scene
He's got a daytime job, he's doin' alright
He can play the honky tonk like anything
Savin' it up for Friday night
With the Sultans... with the Sultans of Swing

And a crowd of young boys they're fooling around in the corner
Drunk and dressed in their best brown baggies and their platform soles
They don't give a damn about any trumpet playing band
It ain't what they call rock and roll
And the Sultans... yeah the Sultans play Creole

Creole

And then the man he steps right up to the microphone
And says at last just as the time bell rings
'Goodnight, now it's time to go home'
And he makes it fast with one more thing
'We are the Sultans... We are the Sultans of Swing'

9 de outubro de 2009

DESPORTO # 003

ALAIN ROBERT - O elogio da loucura

Escalada do edificio da National Telecom, de 150 mt de altura, no Abu Dhabi (Emiratos Árabes), sem cordas nem outros apoios. À mão livre, pessoal!

O homem não é deste mundo...


E do BNF em Paris...

E do edifício do New York Times!

8 de outubro de 2009

MÚSICA # 005

BEYONCÉ KNOWLES - Halo

Uma série de 3 versões da mesma música, a ver em sequência....

1 - Uma Beyoncé solta e irreverente...



2 - ...Um excelente solo de piano...



3 - ... Uma grande senhora da música, plena de sensualidade e classe!  

Remember those walls I built
Well, baby they're tumbling down
And they didn't even put up a fight
They didn't even make up a sound

I found a way to let you in
But I never really had a doubt
Standing in the light of your halo
I got my angel now

It's like I've been awakened
Every rule I had you breakin'
It's the risk that I'm takin'
I ain't never gonna shut you out

Everywhere I'm looking now
I'm surrounded by your embrace
Baby I can see your halo
You know you're my saving grace

You're everything I need and more
It's written all over your face
Baby I can feel your halo
Pray it won't fade away

I can feel your halo halo halo
I can see your halo halo halo
I can feel your halo halo halo
I can see your halo halo halo

Hit me like a ray of sun
Burning through my darkest night
You're the only one that I want
Think I'm addicted to your light

I swore I'd never fall again
But this don't even feel like falling
Gravity can't forget
To pull me back to the ground again

Feels like I've been awakened
Every rule I had you breakin'
The risk that I'm takin'
I'm never gonna shut you out

Everywhere I'm looking now
I'm surrounded by your embrace
Baby I can see your halo
You know you're my saving grace

You're everything I need and more
It's written all over your face
Baby I can feel your halo
Pray it won't fade away

I can feel your halo halo halo
I can see your halo halo halo
I can feel your halo halo halo
I can see your halo halo halo

I can feel your halo halo halo
I can see your halo halo halo
I can feel your halo halo halo
I can see your halo halo halo
Halo, halo

Everywhere I'm looking now
I'm surrounded by your embrace
Baby I can see your halo
You know you're my saving grace

You're everything I need and more
It's written all over your face
Baby I can feel your halo
Pray it won't fade away

I can feel your halo halo halo
I can see your halo halo halo
I can feel your halo halo halo
I can see your halo halo halo

I can feel your halo halo halo
I can see your halo halo halo
I can feel your halo halo halo
I can see your halo halo halo

MÚSICA # 004

BEYONCÉ KNOWLES - Listen

Provavelmente, a sua mais extraordinária interpretação.

E uma das mais memoráveis canções que conheço. 

Um caso sério. Para ouvir bem alto.  Reverentemente. E com muito respeitinho!


Listen to the song here in my heart
A melody I start but can't complete

Listen to the sound from deep within
It's only beginning to find release

Ohh the time has come for my dreams to be heard
They will not be pushed aside and turned
Into your own, all 'cause you won't listen

[Chorus]
Listen
I am alone at a crossroads
I'm not at home in my own home
And I've tried and tried
To say what's on my mind
You should have known
Now I'm done believing you
You don't know what I'm feeling
I'm more than what
You've made of me
I followed the voice, you gave to me
But now I've gotta find my own
You should have listened

There was someone here inside
Someone I thought had died
So long ago
Oh I'm screaming out
And my dreams will be heard
They will not be pushed Aside or turned
Into your own
All 'cause you won't listen

[Chorus]
Listen
I am alone at a crossroads
I'm not at home in my own home
And I've tried and tried
To say what's on my mind
You should have known
Now I'm done believing you
You don't know what I'm feeling
I'm more than what
You've made of me
I followed the voice, you gave to me
But now I've gotta find my own

I don't know where I belong
But I'll be moving on
If you don't, if you won't

Listen to the song here in my heart
A melody I start, but I will complete

Now I am done believing you
You don't know not what I am feeling
I'm more than what you've made of me
I followed the voice you think you gave to me

But now I got to find my own - my own

7 de outubro de 2009

DESPORTO # 002

SURF E POESIA

Sem palavras...

6 de outubro de 2009

DESPORTO # 001

BASQUETEBOL

Para quem tem a mania que "até joga umas coisas" ...

MÚSICA # 003

SHAKIRA & BEYONCÉ - Beautiful liar

Como estou numa de nostalgia... o vídeoclip "mais, mais" (aqui entre parêntesis escrevam o que quiserem...) dos últimos anos! 

MÚSICA # 002


"BLACK EYED PEAS" - I gotta feeling

>Will.i.am  (William James Adams, Jr.) - vocals, synthesires, bass piano, clavinet, drums, organ, programming production engineering (1995–present)

>Apl.de.ap (Allan Pineda Lindo) - vocals,clavinet, strings, programming, production (1995–present)

>Taboo Nawasha (Jaime Luis Gómez ) - vocals (1995–present)

>Fergie (Stacy Ann Ferguson) - vocals (2003–present)

O regresso de uma banda de referência, com uma música que é uma "provocação" à dança...

 

I got a feeling that tonight’s gonna be a good night
that tonight’s gonna be a good night
that tonight’s gonna be a good good night ooh hoo (x4)

Tonight’s the night night
Let’s live it up
I got my money
Let’s spend it up
go out and smash it
like oh my god
Jump off that sofa
Let’s get get Down



I know that we’ll have a ball
if we get down
and go out
and just lose it all

I feel stressed out
I wanna let it go
Lets go way out spaced out
and losing all control

Fill up my cup
Mazeltov
Look at her dancing
just take it off
Lets paint the town
We’ll shut it down
Let’s burn the roof
and then we’ll do it again

Lets Do it and do it and do it 1
and do it and do it 2
and do it and do it and live it 3
up and do it, do it
4
do it, do it, and do it 5
and do it and do it and do it 6
and do it and do it and 7

i gotta feeling that tonight’s gonna be a good night
that tonight’s gonna be a good night
that tonight’s gonna be a good good night (x2)

Tonight’s the night
let’s live it up
I got my money
Lets spend it up

Go out and smash it
Like Oh My God (oh my god)
Jump off that sofa
Lets kick it up

Fill up my cup (Drink)
Mazel tov (lachiem)
Look at her dancing (Move it Move it)
Just take it off

Lets paint the town
We’ll shut it down (shut it down)
Lets burn the roof
and then we’ll do it again

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2
3
4
5
6
7


Here we come
here we go
we gotta rock rock
rock rock rock

Easy come
easy go
now we on top
top top top top

Feel the shot
body rock
Rock it don’t stop stop
stop stop

Round and round
up and down
around the clock clock clock clock

Monday, Tuesday, Wednesday and Thursday
Friday, Saturday, Saturday and Sunday

we keep keep keep keep going up
we know what we say say
party everyday
p-p-p-party everyday

got a feeling (ooooooo ooooooo)
that tonights gonna be a good night
that tonights gonna be a good night
that tonights gonna be a good good night
(oooooooooooo ooooooooooo)