
( Do livro, não publicado,
"ACTO CONTÍNUO" )
AUSÊNCIA
O tempo de espera
ante a desmedida contemplação do inesperado
é um tempo terrível
Esgota-se na solidez rectilínea das esquinas
na superfície fria das fachadas
nas palavras sempre inacabadas
É um tempo sem amanhã sem remissão
um tempo sem perdão
O tempo de espera
desde o último tempo em que te vi
começa e acaba sempre em ti
Porto 1993 - Julho
Muito bom!!!
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